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Quanta vida tem um mês?


Primeiro mêsversário do Martin


Ontem Martin completou um mês.


Tempo pra caramba que na verdade não é quase nada.


Parto, UTI, hospital, casa, amamentação, visitas, noites, sono, família, cuidado, roupinhas, fralda, berço, choros, arrotos, colo, passeios, cólicas, massagens, dicas, amor. Muito amor.


Assuntos que merecem textos dedicados totalmente a cada um deles... mas e o tempo? Esse passa rápido demais.


Escrevi há semanas um relato de parto que ainda está fresco na memória, mas ao mesmo tempo parece ter acontecido há muito. E, no final, foi há ‘só’ um mês.


Um mês é uma eternidade que voa: é tempo pra caramba que na verdade não é quase nada.


Aprendemos na prática um monte de detalhes desconhecidos pra quem nunca viveu esses momentos. Desaprendemos os conhecidos, que achávamos que sabíamos de cor, mas que no fundo eram puro ensaio.


Detalhes que podem passar desapercebidos numa rotina ‘normal’ viraram combustível para nossa nova definição de dia a dia. Um sono abraçado, um jantar juntos na mesa, um filme inteiro sem ter que dar pause. Um olhar apaixonado admirando outro olhar apaixonado: como é lindo ver os amores da minha vida se admirando. Uma fotografia não tirada de uma recordação simples e mágica: eu, ele e elas, nós quatro, apertados no sofá numa tarde de domingo. Momentos gravados nessa mente que a vida há de cuidar.


Demos risada de momentos bobos como um cocô-a-jato que voa da cômoda até o berço no meio de uma madrugada cansada. Nos emocionamos com magias simples e absurdamente incríveis como na junção pele a pele entre um peito e um corpo, ambos desnudos, curando qualquer mal-estar. Choramos por achar que nossa força às vezes pode não ser suficiente pra oferecer sempre o melhor possível pra uma criaturinha tão pequena, tão indefesa, tão nossa.


Um mês em que eu, como nunca, contemplei e admirei a força, o amor e a beleza do ser humano. Do nascimento de um filho, de uma mãe e de um pai. Da perfeição.


Nos sentimos ao mesmo tempo inseguros e poderosos. Donos de uma força única e maioral, daquelas que mudam a vida e qualquer momento que possa estar para chegar. Em um segundo nos elevam aos céus, para no outro nos levar de volta ao sofá na tarde de domingo pensando: e o tempo? Esse passa rápido demais...





PS: sei que estou em falta com o blog, afinal não escrevo aqui desde o relato de parto...


PS2: prometo melhorar (sobra assunto, e falta o tal de tempo), mas enquanto isso sigam o @SonheiSerPai no Facebook e no Instagram (lá tem conteúdo direto!)





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